O mundo está a envelhecer. Em Angola, a velocidade é menor se comparada com
os países mais desenvolvidos. No entanto, desde o término do conflito armado, tem-se
verificado um aumento da esperança de vida, o que resulta inevitavelmente na elevação do
número de reformados, representando, desta forma,
um grande desafio para as organizações e para o
Estado de modo geral. O desafio é garantir que a
quantidade de anos na reforma seja vivida com mais qualidade.
Vista como um momento de transição, a reforma pode oferecer
oportunidades para o desenvolvimento pessoal, quando são possíveis as
descobertas de potencialidades, ou pode constituir um ciclo de desequilíbrios,
infortúnios e angústias, principalmente quando não se recebe uma preparação para o efeito.
É com o objectivo de suprir esta lacuna que surge o
Programa de Preparação para a Reforma.
Parte-se do pressuposto que as pessoas precisam
de ser preparadas para este novo momento das suas
vidas. Mais especificamente, a preparação para a
reforma deve ser compreendida como um processo de reflexão, que
consiste na busca de novas áreas de interesse para o trabalhador em fase de reforma,
de tal forma que possa vislumbrar um futuro com qualidade de vida e bem-estar.